6/19/2009

Todos são culpados

Não adianta agora ninguém querer empurrar a culpa pra cima de outrém...


- Nas relações entre crianças, casais, colegas de trabalho (grupos difíceis de se conduzir), costuma-se dizer a seguinte frase: "quando um não quer, dois não brigam", é preciso ceder. Não que devamos nos deixar envolver simplesmente a qualquer momento por tudo que nos impõem e dizermos "amém" quando nos sentimos prejudicados, mas é assim que as coisas funcionam muitas vezes para que ambos os lados não saiam prejudicados.

- Pois bem, mas agora que a Fórmula-1 rachou é um tal de ver a FOTA dizendo que Max Mosley foi o grande culpado por vários motivos e o presidente da FIA dizer o mesmo da associação das equipes da categoria. Ótimo... isso é uma crítica? Não... afinal de contas todos os lados estão certos.

- A FOTA tem razão em dizer que a FIA foi intransigente, que exagera na tentativa de comandar o campeonato mundial, que tentou sim dividir as equipes que fazer parte do grupo colocando uns contra os outros, etc. Mas por outro lado Max Mosley também é correto ao afirmar que os times foram intransigentes demais, em especial a Ferrari, que sempre teve mais atenção que qualquer outro time enquanto equipe membro da Fórmula-1.

- O que está errado é que ninguém quer assumir a culpa pelo que aconteceu, nem Mosley, nem a FOTA. A impressão é que todos se uniram para definir os rumos da Fórmula-1 à revelia de Bernie Ecclestone, o dono da categoria, e quando viram que havia essa possibilidade cada um tentou trazer a liderança para si.

- Não é de hoje que Max Mosley é combatido e já tentaram de tudo para derrubá-lo de sua cadeira, até mesmo através de notícias de escândalos sexuais, que no fim das contas só dizem respeito ao próprio.

- No ano passado a FOTA foi criada, em meados de setembro para provar que a união dos times poderia trazer benefícios para a categoria e proteção para as equipes, mas nem isso foi capaz de impedir a debandada da Honda e as ameaçãs de Toyota e Renault seguirem pelo mesmo caminho.

- Mosley tem razão quando dizem que as montadoras não podem assumir o controle da categoria pela falta de comprometimento. O que pode fazer BMW, Renault, Toyota, Mercedes e afins se elas nem sequer tem a Fórmula-1 entre suas principais atividades?

- Para essas montadoras se a Fórmula-1 realmente acabar com esse racha nada muda.... elas continuam por lá e mesmo que o campeonato paralelo seja criado e não faça sucesso tudo bem. As vendas de carros não diminuirão, a imagem das empresas não sairá arranhada e muito menos as suas ações nas bolsas de todo o mundo vão cair. A situação é ruim para times como Brawn e Ferrari, que dependem da Fórmula-1 para manter intactas suas imagens.

- A Fórmula-1 é muito importante para nós, fãs, membros da mídia e também para times menores... você já imaginou a Williams sem a Fórmula-1? Não é a toa que a equipe assinou seu compromisso com a FIA, bem como a Force India. Mesmo a Ferrari pode ter dado um tiro em falso pois as declarações de Luca di Montezemolo que seus fãs vão onde a marca for não representam 100% a verdade dos fatos.

- E a Fórmula-1 assim também perde pelos erros de Max Mosley em tentar introduzir à forceps suas idéias. Desde o início do ano quando foi anunciado que o título da temporada seria decidido em favor daquele que tivesse mais vitórias no ano. Alí ele pôde perceber que a vontade dos membros da categoria precisa ser respeitada e agora além de perder marcas importantes para a continuidade da categoria a receita cai drasticamente também com debandada da receita financeira gerada pelos campeonatos.

- E tudo porque faltou humildade de ambas as partes ao assumir que a união das duas correntes é que geraria a equação ideal de idéias para o futuro da categoria. Assunto que por sinal foi discutido em altíssimo nível no início deste ano após a instituição da crise financeira mundial.

- Quem sai prejudicado com isso é Bernie Ecclestone, que até poderia ter sido mais ativos em suas negociações pela paz na Fórmula-1, mas que dessa vez não agiu ativamente para que a crise se instalasse.

- Ainda acredito que os dois lados irão dar as mãos, mas que a discussão não acabará. Todos os envolvidos verão que há algo errado em suas posturas mas tentarão forçar suas idéias como sempre acontecesse. E jogando a culpa para o outro lado.

6/18/2009

Inglaterra não... Grã-Bretanha

Para a Fórmula-1 a Inglaterra, onde categoria nasceu, não existe...

Procure aí a bandeira da Inglaterra...

- Muitas pessoas tem o costume de cometer um pequeno erro. Anunciar todos os anos o "Grande Prêmio da Inglaterra". Mas para a Fórmula-1, além do país não constar da lista de nacionalidades, não existe também um GP com esse nome. A federação local de automobilismo é a britânica, que engloba pilotos, circuitos e equipes de Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales, o Reino Unido. Pois bem, a prova do próximo final de semana porém é o Grande Prêmio da "Grã-Bretanha".

- Não que ingleses torçam para escoceses e vice-versa, mas é assim que as coisas são. Não fosse isso e inclusive o Brasil seria o país com o maior número de títulos na categoria, com 8 conquistas, empatados com a Inglaterra.

- Sim, caso a categoria contasse os títulos de países e não de federações, o Brasil teria os 2 títulos de Emerson e mais os 3 de Senna e Piquet aos 2 de Graham Hill, 1 de seu filho Damon, 1 de Mike Hawthorn, outro de John Surtees, de James Hunt, de Nigel Mansell e de Lewis Hamilton no ano passado. Teriamos mais um chegando para Jenson Button? Jim Clark e Jackie Stewart transfeririam seus títulos para a Escócia. A Alemanha viria na sequência com os sete títulos de Michael Schumacher.

- Não que isso faça uma grande diferença, mas vale lembrar que "Grande Prêmio da Inglaterra" não existe. Apenas o "British GP".

Confira a lista:

Brasil:

1972 - Emerson Fittipaldi
1974 - Emerson Fittipaldi
1981 - Nelson Piquet
1983 - Nelson Piquet
1987 - Nelson Piquet
1988 - Ayrton Senna
1990 - Ayrton Senna
1991 - Ayrton Senna

Inglaterra:

1958 - Mike Hawthorn
1962 - Graham Hill
1964 - John Surtees
1968 - Graham Hill
1976 - James Hunt
1992 - Nigel Mansell
1996 - Damon Hill
2008 - Lewis Hamilton

Escócia:

1963 - Jim Clark
1965 - Jim Clark
1969 - Jackie Stewart
1971 - Jackie Stewart
1973 - Jackie Stewart

6/15/2009

Dias de Livina no QRX

Sexta feira foi um bom dia de Livina em Interlagos...



- Sexta feira, antepenúltimo dia do Quatro Rodas Experience e o blogueiro Cris Dias, responsável pelo excelente "Dias de Livina" (sério, dêem uma olhadinha) convidou a mim e também à Glauco Augusto do "Autocustom", Ricardo Moriel do "Notícias Automotivas" e ao Eduardo Hoffmann do "Motor SA" para irmos ao evento no novo "Nissan Livina", uma bela Minivan.

- Foi um dia muito agradável onde estivemos em companhia de ótimas pessoas e, claro, como abelhudos que somos, aproveitamos para dirigir o carrinho... que de "inho" não tem nada. Gostei muito, valeu Cris!!!

- Não vou falar muito sobre como foi a visita pois excelente vídeo que o "Cris Dias" disponibilou acima, e que pode ser encontrado no "Dias de Livina" fala muito mais pdo que minhas palavras.

QRX 2009 - Fiat Punto T-Jet

Ainda potente, e com uma brasilidade a mais no câmbio...


- No ano passado, quem pôde acompanhar os testes do "Mundo Veloz" no Quatro Rodas Experience viu que o carro que mais me empolgou foi o Punto Turbo que estava disponível no evento. Pois bem, meses se passaram e o carro enfim deixou de ser protótipo e se transformou no novo lançamento da montadora, o "Punto T-Jet", 1.4 turbinado que tanto me encantou em 2008.

- Se no ano passado eu fui para o teste sem muito esperar, em 2009 eu fui esperando demais do carro, e talvez esse detalhe tenha sido um problema. Claro, o carro continua lindo e extremamente confortável, de ergonomia invejável para um modelo do seu tamanho.

- Não, o carro não é ruim. Continua o mesmo leão de 2008, embora dessa vez não tenha podido passar dos 120Km/h. A estabilidade também é um ponto forte pois o carro responde muito bem a qualquer comando da direção. A turbina continua compensando a potência de um motor 1.4.

- Um dos elogios feito ao carro no ano passado foi a maciez do câmbio. Não gosto muito dos modelos da Fiat mas o turbo de 2008 me colocou em posição de desfazer essa impressão. Ledo engano, fiquei com a impressão que foi só o carro chegar ao Brasil para que o câmbio "endurecesse" como de costume. Deve ser cultural, mas na cidade isso desgasta.

- Com relação ao test drive em si fica um pouco mais complicado me aprofundar pois não pude passar de 120km/h. Para se ter uma idéia o instrutor me solicitou que fizesse uma volta inteira em 4ª marcha. Sim, em uma mesma marcha a turbina segura tudo. Conforto de carro automático para se dirigir bem na estrada.

- É um belo carro, sem dúvida.

Conforto: 7
Estabilidade: 8,5
Potência: 9
Média: 8,1

QRX 2009 - Volkswagen Tiguan

Grande, leve e potente... mesmo quando escorrega...


- Hoje começo com as minhas impressões sobre os modelos que dirigi em Interlagos na edição 2009 do Quatro Rodas Experience. Foram 3 no circuito e mais um na pista "Off Road" desenhada nas dependências internas do autódromo. A Tiguan foi o carro dirigido por mim nas duas pistas e é por ela que começo.

- Foi o primeiro teste do dia. Carro grande sempre me deixa um pouco arredio por gostar dos campactos, em especial pela ergonomia dos modelos menores. Pode-se dizer que a Tiguan tem ergonomia de carro pequeno, no bom sentido é claro. A confortável posição dentro do carro tem como companhia o fácil acesso a todos os controles do veículo.

- Não consigo também não reclamar quando vou dirigir um carro com câmbio automático. Simplesmente não gosto, prefiro saber que ao pisar no acelerador o carro responderá ao meu modo, por estar posicionado na minha marcha de preferência. De qualquer forma, dirigir uma Tiguan em Interlagos (que exige aceleração) no modo esportivo é interessante, é o famoso "Ponto S" do câmbio. Na saída do "Pinheirinho" ouvi do instrutor o pedido para pisar de leve no acelerador e na sequência também fui chamado atenção em tom de brincadeira: "eu disse para pisar de leve". É, esse carro responde.

- São 200 cv de potência em um carro com 1622kg. Um carro grande, leve e sensível à pilotagem sob diversos aspectos.

- Se por um lado ele sobe o trecho que compreende a "Curva da Junção" até o "Café" alcançando facilmente os 160Km/h em um despejo surpreendente de potência, por outro a estabilidade em curvas as vezes fica um pouco comprometida. O carro tende a balançar ao mínimo exagero de pilotagem, em especial na saída de trechos sinuosos que exigem aceleração.

- De qualquer forma a impressão do carro é muito boa e a direção soa confortável no modo de "marcha normal", o "Ponto D". Um belo carro.

Off Road:

- A mesma potência do carro pôde ser observada por mim no circuito "Of Road". Andando em trechos extremamente acidentados pude julgar como excelente a suspensão da Tiguan, que em momento nenhum ameaçou sair do controle ou sequer me colocou em posição incômoda na direção.

- Os trechos de forte aclive mais uma vez me permitiram comprovar a qualidade do motor de 200 cv que equipa o carro. O mesmo aconteceu no lamaçal a qual somos levados, onde a força da Tiguan a impede de atolar.

Conforto: 9
Potência: 8
Estabilidade: 6
Média: 7,6

Conheça Campos, Manor e USF1

Um resumo da história das 3 novas equipes da Fórmula-1...

- Na última sexta feira a FIA anunciou quais são as 3 novas equipes da Fórmula-1. O anúncio acabou sendo deixado levemente de lado pela mídia após protesto de Ferrari, Red Bull e Toro Rosso, que afirmam não terem feito inscrição definitiva para a próxima temporada.

- Enfim, aqui nesse link da "F1 Mania" você pode ler um pouco sobre as três equipe, a Campos, a Manor e a USF1, que ainda pode ter seu nome alterado para USGPE. Um detalhe sinistro sobre Campos e USF1 é que ambas tendem a contratar pilotos de seus países de origem, a primeira com os espanhóis e a segunda com americanos.

- Com isso o universo de vagas, que esperava-se ia aumentar, cai para apenas duas novas cadeiras.

Campos Grand Prix
Manor F1 Team
Team US F1