5/09/2008

Emmo-ção

Emerson Fittipaldi, o Emmo, e seu irmão Wilson se emocionam e emocionam em Interlagos...


- É até difícil de se entender como pode uma pessoa, depois de tanto tempo no automobilismo e consequentemente tantas conquistas, se emocionar. Foi o que presenciei ontem em Interlagos na coletiva que apresentou os irmãos Fittipaldi - Emmo e Wilson - à imprensa que acompanha o GT3 Brasil, que mais do que nunca mostra a proposta de resgatar os bons dias do nosso automobilismo.

- O primeiro foi Emerson que, citando sua volta ao automobilismo no GP Masters disse: "Eu estava em Kyalami e nem sabia que ia participar da primeira etapa mas resolvi pegar o telefone e ligar para minha mãe dizendo que ia correr - (pausa para choro) - perdão, eu me emociono - (mais uma pausa) - e ela me disse 'se é isso que você gosta vai lá e faça'" - na seqüência muitos aplausos.

- Em seguida seu irmão mais velho quase não conseguiu completar a primeira frase: "Eu estou muito emocionado porque este ano - (primeira pausa para choro) - desculpa, a família é chorona mesmo - (segunda pausa) - eu estou completando - (nova pausa) - 50 anos de automobilismo - a seqüência agora foi de um longo choro seguido de novos aplausos.

- Quando a gente vê uma cena como esta, uma dúvida se gera na mente: "Que tipo de filme passa na cabeça desses caras?". São 50 anos de automobilismo para um e quase isso para outro e ainda assim eles são capazes de chorar em uma entrevista coletiva? Depois de tanto tempo também é melhor que ninguém diga que eles seriam capazes de quaisquer tipos de fingimento. É gasolina correndo na veia. Não sou de chorar mas, admito, me emocionei.

- Lindo demais também foi ver a evolução em pouco mais de 10 voltas de Emerson à bordo do Porsche, que ainda não era o que será utilizado por ele e sim a versão 2007 sem acerto nenhum para a pista. Na cronometragem não oficial ele virou 1:42:6, cerca de 4 segundos acima dos que correm ja há algum tempo, estão adaptados ao carro e com o acerto para a pista de Interlagos. Da mureta era possível observar como ele freava mais tarde a cada volta.

- Saindo do carro perguntei a ele sobre a sensação e ele disse que é "um carro muito difícil de guiar, muito pesado e muito traseiro". Sobre o "S do Senna", que já havia sido apontado por ele como a principal dificuldade por não conhecer a curva ele disse que "a grande dificuldade é que é uma curva cega, então demora pra aprender a tangência" e pra finalizar "gostei demais".

- Que Emmo-ção!!!

Foto: Miguel Costa Jr.

5/07/2008

Essa ouvi no metrô

Não gosto de pegar no pé de Rubens Barrichello, nem de ouvir conversas alheias, mas o papo merece destaque...

Dois amigos conversam:

- Poxa, a Ponte Preta não tem jeito, nunca vai ser campeã.

- Ah, mas por quê você acha que eles já tem uma faixa estampada na camisa? É porque de campeões jamais terão.

- E é o time mais velho do Brasil, né?

- É sim, e é como o Rubinho, o piloto com mais corridas na Fórmula-1 e nunca foi campeão!!!

Terrível, admito... mas ouvi no metrô... não gosto de pegar no pé dele, mas essa foi muito criativa e - pela reação do rapaz - pude perceber que saiu naturalmente. Perdoem-me aquele que, como eu, gostam de Barrichello.

José Carlos Pace - A Busca de Um Sonho

Livro conta a história de vida do brasileiro que empresta o nome ao maior autódromo do Brasil...


- Agradecendo ao amigo Alexander Grunwald, que me possibilitou contribuir com a resenha do livro "José Carlos Pace - A Busca de Um Sonho" em sua coluna biblioteca, que vai ao ar toda quarta feira. Não vou dar detalhes sobre o livro, algo que fiz por lá: Leia aqui.

- Quem disse que paulista não pode ser amigo de carioca? Alexander Grunwald é quase uma unanimidade entre os paulistas que trabalham com automobilismo. Ele trabalha na edição de quase tudo que se vê de automobilismo no Sportv e está habituando-se à vida em São Paulo de um jeito bem peculiar.

- Seu blog, o "Grun Blig", traz a visão calorosa deste jornalista sobre temas não somente ligados ao automobilismo. Vale a pena conferir.

5/06/2008

Game Over

Depois de tantos problemas, Super Aguri não resiste e deixa a Fórmula-1...

(Acima o jogo da Nintendo que tinha Aguri como personagem principal)

- Aguri Suzuki e sua equipe estão fora da Fórmula-1. Depois de inúmeros problemas financeiros o time sai de fininho com um comunicado oficial e a Fórmula-1 volta a ter apenas 20 carros em seu grid. Aguri, como todo ex-piloto, sonhava em ter uma equipe de Fórmula-1 e esse objetivo só foi alcançado após necessidade da Honda.

- E esse apoio da montadora japonesa se transformou em um problema nos últimos dias quando a fábrica, à pedido de Ross Brawn sob dura supervisão de Nick Fry, decidiu virar as costas para seu time B.

- Não creio que Aguri deveria se acomodar, como parece ter feito principalmente em 2007, com o apoio dado pela Honda. Acredito que ele deveria ter ido atrás de novos parceiros, em especial para que deixasse de ser um "time B". Como isso não aconteceu, a dura realidade bateu à sua porta.

- Aguri Suzuki entra agora para a lista dos inúmeros ex-chefes de equipe. Simpático, o japonês que já foi até título de jogo de video-game da Nintendo deixa a Fórmula-1 pela segunda vez (a primeira foi como piloto), infelizmente pela porta dos fundos. Game Over.

F1 Mania


- A saída da equipe do mundial praticamente derruba o atrativo que teria minha segunda coluna para o "F1 Mania", que falava exatamente sobre a situação do time no mundial, escrita ontem com o título de "Super agrura". - Leia: Super agrura.

E mais...

- Oficial também o anúncio de que Emerson Fittipaldi voltará a pilotar no Brasil, ao lado de seu irmão Wilson. A cerimônia porém acontece apenas na próxima quinta feira em Interlagos na apresentação do novo patrocinador da GT3 Brasil. Até o fim da semana mais novidades aqui no "Mundo Veloz";

5/04/2008

Estratégia de novo

Mais uma vez uma prova de Stock foi resolvida fora da pista... dessa vez porém, com um ERRO de estratégia...


- Ricardo Maurício venceu de ponta a ponta. Sem problemas, ele realmente foi muito veloz durante todo o final de semana. Na corrida dois pilotos pareciam fazer frente ao paulista da A. Mattheys, Thiago Camilo e Cacá Bueno.

- Cacá vinha em excelente ritmo após ter largado em 12º e ir passando um por um até chegar na quarta posição. A maioria das posições ele conquistou com ultrapassagens e não com abandonos.

- O mesmo fazia Thiago Camilo que, em situação mais fácil, largou em 5º e com suas ultrapassagens estava em segundo lugar até que foi autorizada a entrada no pit para reabastecimento.

- Não foi possível que ninguém entrasse pois, de cara, um acidente com Átila Abreu, que se tocou com Ingo Hoffmann e saiu da pista levando com ele Norberto Gresse e Valdeno Brito, provocou a entrada do Safety Car. Assim como na Fórmula-1 o pit foi fechado novamente e o pelotão se realinhou enquanto os carros eram retirados do local de perigo.

- Com luz verde para o reabastecimento surpreendentemente uma apenas pequena turma de pilotos entrou para completar o tanque. Entre eles, o líder Ricardo Maurício, Cacá Bueno, Marcos Gomes, Rodrigo Sperafico, Luciano Burti, Giuliano Losacco e Popó Bueno.

- Na seqüência outros pilotos pararam para reabastecer, como Thiago Camilo, Nonô Figueiredo, Hoover Orsi, Tarso Marques, Duda Pamplona e outros. Como não poderia deixar de ser, eles não puderam voltar no meio do pelotão e precisaram aguardar a passagem do SC com bandeira vermelha na saída do PIT até que todos os que já haviam parado passassem. Perderam as posições, esse foi o erro, deveriam ter parado no primeiro momento, o que mostraria por sinal que autódromos brasileiros não tem estrutura suficiente para encarar problemas como este.

- Cacá Bueno neste momento protagonizou outro momento decisivo. Inexplicavelmente sua suspensão traseira direita se quebrou quando ele entrou na área de box e ele teve de deixar a prova. Como é normal aos pilotos que passam por situações como essas ele saiu revoltado de dentro de seu carro e, após passar por algumas pessoas que comemoravam seu abandono, mostrou o famoso dedo do meio em sinal de revolta. Pitoresco.

- A seqüência após a janela de pit stops ficou a seguinte: Ricardo Maurício, Marcos Gomes, Rodrigo Sperafico, Luciano Burti, Antonio Pizzonia, Antonio Jorge Neto e Popó Bueno. Thiago Camilo voltou na 13ª posição e ainda conseguiu ultrapassagens sobre Pizzonia, Daniel Serra, Ricardo Sperafico, Felipe Maluhy, Allam Khodair e Popó Bueno terminando em um bom 7º lugar, que poderia se transformar em 2º ou 1º caso não demorasse para decidir entrar no box.

- Já pilotos como Rodrigo Sperafico, que largou mal e chegou ao pódio, Luciano Burti, que rodou após ser tocado por Daniel Serra e chegou em quarto e Felipe Maluhy que largou em últimoe chegou em 14º se recuperaram exatamente por terem parado no momento certo.

- Ricardo Maurício? Bem, esse reinou tranquilo e ainda contou com a companhia de seu companheiro de equipe Marcos Gomes na escolta, sem segundo. Um ótimo resultado para os dois paulistas. O primeiro que se recupera no campeonato e o segundo que garante a liderança relativamente folgada na tabela.

Resultado - Stock Car Brasil - 2ª Etapa Brasília - 15 1ºs

1º) Ricardo Mauricio (P3, SP), 45 voltas em 50:55.675 (média de 154.75 km/h)
2º) Marcos Gomes (CA, SP), a 0.668
3º) Rodrigo Sperafico (ML, PR), a 2.395
4º) Luciano Burti (P3, SP), a 4.582
5º) Antonio Jorge Neto (ML, SP), a 5.780
6º) Giuliano Losacco (P3, SP), a 10.311
7º) Thiago Camilo (CA, SP), a 11.183
8º) Popó Bueno (CA, RJ), a 15.301
9º) Hoover Orsi (CA, MS), a 16.368
10º) Allam Khodair (CA, SP), a 17.622
11º) Daniel Serra (CA, SP), a 17.743
12º) Alceu Feldmann (CA, PR), a 22.100
13º) Andre Bragantini (P3, SP), a 24.071
14º) Felipe Maluhy (ML, SP), a 24.846
15º) Juliano Moro (CA, RS), a 27.498