4/25/2009

Toyota: Agora vai?

Go Toyota...


- Nunca a chance foi tão grande. Não que a Toyota nunca tenha largado na pole position, mas nunca a chance de conquistar a primeira vitória (que asseguraria de vez a permanência do time na categoria) foi tão iminente. Trulli em primeiro e Glock em segundo com um detalhe muito mais importante que tudo isso: O carro é bom.

- Foi o que se prometeu no início do ano, que o carro era bom. E mais que isso, a equipe japonesa chegou a cogitar sim segiur os passos de sua concorrente Honda a abanonar a categoria, mas ao contrário do que pensaram os desistentes, ao ver que tinham um bom projeto em mãos decidiram continuar. A promessa ao que tudo indica é que deixem a categoria no final do ano caso a primeira vitória não se faça acontecer.

- Não é fácil para a equipe de maior orçamento da Fórmula-1 nunca ter vencido e pior, ver um time que chegou outro dia na categoria sob o espólio da Honda já ter conquistado duas vitórias. Agora chegou a vez da Toyota que semana passda viu outra equipe mais nova vencer, a Red Bull com Vettel.

- Uma dobradinha no grid nunca havia acontecido, ou seja, caso Trulli tenha problemas Glock está lá para garantir a proteção. Vettel que vem em terceiro é o grande perigo. Dos pilotos de frente ele é o mais pesado e mesmo assim por pouco não conseguiu vaga na primeira fila. Sua parada nos boxes será tardia e a estratégia se fará valer. De qualquer forma, nenhum dos dois times usa o KERS e, apesar de não ter o difusor traseiro duplo, a Red Bull tem um carro equilibrado a ponto de se poder dizer que é possível andar no mesmo ritmo. Trulli e Glock mais leves devem desgarrar no início e largar com pneus macios para a janela menor.

- Quem não apresenta mais o mesmo ritmo (algo assim já aconteceu na Malásia) é a Brawn GP. Será que a fraqueza de um time iniciante se faz presente agora que o fator surpresa não afeta mais os outros times? Button e Barrichello largam em 4º e 6º lugares respectivamente, intercalados por Lewis Hamilton da McLaren, em iminente recuperação, pelo menos melhor que a Ferrari os ingleses estão.

- A Ferrari também encontra inúmeras dificuldades. Massa larga mais uma vez a frente de Raikkonen mas essa briga interna não diz muito já que os dois pesadões (largam com bastante gasolina) partem em 8º e 10º lugares. Entre eles o alemão Nico Rosberg que tem ido bem mesmo somente nas sextas feiras.

- Na Renault Nelsinho Piquet precisa depositar todas as suas fichas em um bom desempenho na prova de amanhã pois enquanto Alonso é o 7º colocado o brasileiro errou em sua tentativa de partir para o Q3 e parte apenas em 15º. Grosjean e Di Grassi estão de olho na vaga.

- O palpite do "Mundo Veloz" desde a semana passada é de vitória da Toyota, não importa o piloto, vai dar Japão amanhã na Fórmula-1. Para a alegria deste que aqui escreve e tanto criticou a equipe por gastar, gastar e nunca capitalizar. Chegou a vez.

4/23/2009

Toro Rosso e Volkswagen

Parceria à vista?


- O sagaz Victor Berto foi atrás de matar sua curiosidade sobre as logomarcas da Volkswagen comumente expostas em boxes da Toro Rosso. Segundo o apurado por ele há mesmo um acordo entre as partes que envolve cessão de veículos para funcionários e pilotos. Nada a ver com motores que, diga-se de passagem, são da Ferrari.

- Os envolvidos na transação não admitem nenhuma negociação para que Toro Rosso use qualquer tipo de equipamento da montadora em seus trabalhos na Fórmula-1.

- De qualquer forma sabemos que no mundo dos negócios as coisas começam assim, com uma simples e pequena parceria. Quando algo grande estiver para acontecer os velhos amigos serão lembrados.

- Não nos esqueçamos de duas coisas: A Toro Rosso é uma equipe oficialmente colocada a venda por sua proprietária, a Red Bull, que a comprou do antigo sócio Gherard Berger. Segundo, a Volkswagem vira e mexe está envolvida em rumores que falam sobre sua entrada na Fórmula-1. Nada mais natural...

- Tá tudo bem, tem a crise no meio disso tudo, mas aí já são outros 500...

- Não se esqueça de entrar no site oficial da categoria e ver que a montadora está na lista de patrocinadores oficiais ao lado de Bridgestone, Puma, Advanti e USAG.

4/22/2009

Barrichello e a eterna pressão

Durante quase toda sua carreira o brasileiro teve de conviver com essa palavra... pressão!!!


- Barrichello começou na Fórmula-1 em 1993, está indo para sua 17ª temporada e hoje é o piloto com o maior número de largadas da história. Durante algum tempo foi tido com o mais promissor piloto da Fórmula-1, tempos depois foi motivo de piada, mas sempre sofreu com a pressão.

- Em 1994 Ayrton Senna faleceu em Tamburello, Barrichello acabou chamando para si a responsabilidade de substituir o tricampeão amado pelos brasileiros e isso o atrapalhou em seu início de carreira, com carros ruins e ausência de resultados sempre cobrados que colocaram o Brasil em um jejum de quase 7 anos sem vitória na categoria onde tem mais títulos (por países, Reino Unido é uma federação).

- Depois que alguns convites para grandes equipes surgiram e não se concretizaram, Rubens chegou na Ferrari em 2000. Lá ele encontrou a grande pedra no sapato de toda sua vida, o alemão Michael Schumacher, que enquanto esteve ao lado do brasileiro conquistou nada mais, nada menos, que 5 títulos de pilotos enquanto Barrichello teve de se contentar com 13 míseras vitórias. Não foi um período fácil e até hoje ele vive o estígma do vice.

- Passado esse período ele assinou com a Honda, um projeto promissor onde ele pôde enfim prometer que seria campeão do mundo pois não tinha a sombra de Michael Schumacher para anular os seus feitos. Nada deu certo pois o carro nunca correspondeu as expectativas e mais uma vez ele conviveu com a pressão de não poder cumprir uma promessa que havia feito.

- - Ainda no final desse período, Rubens viu dois outros brasileiros praticamente tomarem seu lugar na Honda. Bruno Senna e Lucas di Grassi agradaram em seus testes e Senna quase assinou contrato. Quando Barrichello conseguiu virar o jogo eis que sua equipe anunciou a retirada da Fórmula-1 e ele mais uma vez se viu a pé após o fim da temporada sem sequer disputar uma digna prova de despedida.

- Até que tudo mudou. O destino mais uma vez sorriu para Barrichello quando Ross Brawn conseguiu recuperar o espólio do time e o chamou como uma espécie de homem de confiança pra guiar um carro que surpreendentemente apresentou desempenho espetacular e venceu as duas primeiras etapas da temporada... mas com seu companheiro de equipe Jenson Button.

- Rubens Barrichello, como nos tempos em que correu com Schumacher, foi o segundo na primeira prova e quinto na segunda. Na terceira não passou da quarta posição. Ainda como nos tempos de Ferrari é o segundo colocado de um campeonato que está só no início e vai ver muita água passar por debaixo da ponte (espero que não tão cedo nas pistas).

- E claro, como não poderia deixar de ser, ele já responde sobre a pressão que sente em mais um ano. A vida dele definitivamente não é fácil. Leia a matéria completa aqui: Barrichello fala sobre pressão, início da temporada e Bahrein.

4/21/2009

O deserto divisor de águas

Segunda dobradinha da temporada encerra a fase difícil para as equipes...


- Nos últimos anos foi assim. Quem começou mal o campeonato assim permaneceu até o início da fase européia. E no próximo final de semana acontece a quarta etapa do mundial, o Grande Prêmio do Bahrein, última etapa dessa "primeira fase" do campeonato. Depois vem o Grande Prêmio da Espanha e é aí que tudo muda de figura.

- Claro que não é bom disputar posições no pelotão intermediário para algumas equipes que não esperam nada diferente da vitória, mas esse início de ano muitas vezes é justificado pela distância que as equipes estão de suas sedes.

- Tomemos o exemplo da Ferrari: Enquanto disputa provas na Austrália, Malásia, China e Bahrein, a comunicação com sua sede em Maranello, na Itália, é muito difícil. Atualização do carro então é mais ainda.

- Tá, tudo bem, as equipes não poderão testar em pista durante a temporada, mas mesmo para os estudos que são feitos em pranchetas ou então no computador, tudo de vento, etc; É muito mais fácil mexer em um carro e corrigir problemas estando mais próximos de sua sede.

- Portanto teremos mais um final de semana sem grandes surpresas (ou COM grandes surpresas, a julgar por 2008). Brawn, Red Bull e Toyota (principalmente) devem andar muito bem. A equipe japonesa testou nessa pista na pré-temporada e seu desempenho pode chamar atenção mais uma vez. Trulli ou Glock devem voltar ao pódio.

- Aí depois sim, com a volta à Europa, equipes como McLaren, Ferrari e Renault devem levar a coisa mais a sério.

- A Ferrari precisa melhorar o rendimento ou começar a se concentrar no carro de 2010 para que aí não dê chance a mais ninguém.

- A McLaren até agora não deu indícios de que poderia fazer isso. Parece disposta a melhorar o atual carro até mesmo porque seus problemas não parecem tão sérios quanto os do início do ano.

- E a Renault, ou melhor, Flávio Briatore quer a cabeça de Nelsinho Piquet e seu contrato de performance prevê a possibilidade de demissão a partir de Barcelona. Por que Europa? Porque é lá que tudo começa.

Veja também a coluna de hoje no "F1 Mania": "Red Bull, enfim asas".

4/19/2009

Detalhes que fazem a diferença

Mas que título batido escolhi para este post... por mais que ele seja verdadeiro...


- Desde o ano passado a "F1 Mania" tem parceria com o site "F1 Technical", que aborda em detalhes a parte técnica dos carros de Fórmula-1. A tradução para o português pode ser conferida no site.

- Este semana três detalhes chamam bastante atenção da equipe. As novas asas dianteiras de Renault e McLaren e a administração do fluxo de ar na dianteira da Toyota. Confira:
- Chama atenção que duas das equipes (McLaren e Renault) vivem situação de desespero. Ganharam títulos nos últimos anos e não conseguem andar sob a adoção das novas regras para 2009. A Toyota por sua vez fez um bom carro mas não contava com a atuação da Brawn GP e por isso inova ainda mais na perseguição da prometida primeira vitória.

- A McLaren melhorou sim um pouco, mas talvez seja a adoção do difusor genérico instalado nos carros pois Kovalainen não quis usar o novo bico.

- A Renault colocou Fernando Alonso em segundo lugar no grid, embora ajudado pela pouca gasolina em seu tanque. Não da pra comparar Alonso com Nelsinho (que não usa o item) pois o espanhol vence constantemente o brasileiro que tem sérias dificuldades com treinos de classificação.

- Já Toyota segundo Jarno Trulli foi acometida por uma estranha "ausência de aderência" na classificação de ontem, mas não da pra dizer se foi a introdução do novo sistema de fluxo de ar.