7/30/2009

Schumacher: Por Massa ele saiu... e volta!!!

Por Felipe Massa Schumacher deixou as pistas e agora retorna para proteger o amigo?


- Foi no dia 10 de setembro de 2006, exatos 22 meses atrás, afirmando o quanto ama o esporte a motor, e agradecendo a todas as pessoas que em algum momento o ajudaram de alguma forma, que Michael Schumacher anunciou sua retirada das pistas após vencer o Grande Prêmio da Itália em Monza.

- Com Raikkonen a seu lado no pódio e na entrevista coletiva que ficamos sabendo que o finlandês de gelo seria piloto da Ferraria partir de 2007 (ano em que seria campeão do mundo) e que Felipe Massa dessa forma continuaria no time.

- Pois bem, rumores fortes diziam que Schumacher estava muito inclinado a parar de correr mas ainda faltava um argumento a mais, algo que que sacramentasse sua decisão, a famosa "gota no copo d´água". Eis que, com a contratação de Raikkonen, Felipe Massa perderia seu emprego.

- Pronto... segundo boatos era esse o argumento que faltava para o heptacampeão. Se ainda restava alguma dúvida quanto a parar ele agora não poderia ver ser amigo em maus lençóis e esse fato teria tido influência em sua decisão. Sim, ele pararia após o Grande Prêmio do Brasil vencido pelo próprio Felipe.

- Agora Massa se acidenta e perderá uma ou algumas provas do campeonato por conta da mola que se soltou do carro de Barrichello. Isso acontece em um momento onde Alonso é dado como certo na equipe italiana em 2010 e pilotos Robert Kubica estão procurando grandes empregos. E se um deles substitui Felipe e agrada? O que fazer?

- Schumacher assim resolveu aceitar o convite da Ferrari para voltar às pistas enquanto estiver ausente, pois sabe-se que o alemão não ameaça a vaga do brasileiro. Afirmando desejar em primeiro lugar a pronta recuperação do brasileiro já há quem diga que o alemão só aceitou o convite para que ninguém ameaçe o brasileiro. Tudo bem, a Ferrari já garantiu que o carro é dele e acho até que nesse ponto o grande recado foi para Kimi Raikkonen.

- Claro que a história talvez não deva ser levada assim ao pé da letra, mas acho que um fundo de verdade há nisso tudo sim. Schumacher é assim, pensa e reflete com muita coerente e paixão sobre as coisas. Aquela "casca dura" de alemão sempre serviu mais para fazer sua imagem do que qualquer outra coisa pois no fim das contas ele já chorou, já deu belas declarações e já agrediu quando achou que devia também, de frio ele não tem nada.

- Agora... com a promessa da Ferrari em entregar um carro à Felipe quando ele estiver em condições e caso, quem sabe, sonhando alto demais, Schumacher queira voltar? Como ficam Raikkonen, Alonso e toda a turma que mira a Ferrari? Alguém palpita? Tá bom, eu sei que ele não vai voltar...

7/29/2009

O socialismo na Fórmula-1

Chegou o momento de todos voltarem a dividir o osso roído por todos...

Retirada do blog "FutebolFFV"

- Em tempos idos eu fui frequentador de reuniões semanais no Partido Comunista do Brasil. Não, eu nunca fui filiado a nenhum partido político mas sempre achei importante conhecer os dois lados da moeda para, aí sim, formar a minha opinião.

- Lembro que nessa época haviam os revolucionários que acreditavam que o socialismo deveria ser implantado à qualquer custo, mesmo que fosse à base de uma revolução armada onde provavalmente os rebeldes se refugiariam nas montanhas para combater os militares, donos de todos os pontos estratégicos do país.

- Não vou lembrar o nome, mas havia um senhorzinho que todos chamavam simplesmente de "tio" que dizia: "A revolução não se faz nacessária, o capitalismo tem como base o dinheiro e é um sistema que se auto engolirá, ou seja, automaticamente, sem que as pessoas percebam, o socialismo tomará seu lugar de direito como consequência natural. O capitalismo não aguentará a pressão criada pelo próprio".

- Pois bem, eis que aos poucos podemos ver algo parecido na Fórmula-1, algo que se confunde com a própria história do mundo. Primeiro foram os feudos, que se pareciam com as equipes dos garagistas, cada um defendendo os seus próprios interesses e em seu lugar.

- Com o passar da primeira batalha (a criação da FISA, em especial, o primeiro boicote) todos se deram conta que o dinheiro era importante demais e deveria mover todo aquele circo, mais ou menos como havia acontecido na primeira guerra mundial. Eis que surgiram as montadoras.

- Em especial após o fim da propaganda tabagista, elas sustentaram o circo e permitiram que as corridas continuassem acontecendo sempre com pelo menos 20 carros no grid. Por outro lado, apoiadas por alguns times que já faziam parte da categoria, elas inflacionaram o mercado de desenvolvimento em torno de uma cobrança corporativa por resultados que as vezes apareciam e as vezes não.

- Nessa toada apareceram Toyota, Renault, BMW, Honda, Mercedez e algumas outras foram ventiladas, como a hoje falida GM e também a Volkswagen. Com o apoio da FIAT, que subsidiava a Ferrari, os gastos extrapolaram facilmente os 300 e as vezes os 400 milhões de dólares.

- E eis que a crise financeira mundial chegou. Grandes corporações fechando as portas, empresas mal das pernas e o mercado automotivo atingido em cheio. A primeira a sentir o baque foi a Honda, que em meio ao pior momento da hecatombe financeira resolveu anunciar a retirada de seus investimentos na categoria, por mais que houvesse assinado o famoso Pacto da Concórdia.

- Aí chegou o momento da entrada do socialismo na Fórmula-1. Todos, até os rivais, fizeram o que podiam para que a equipe não fechasse as portas, mesmo sem o apoio da montadora japonesa. Eis que Ross Brawn, um dos dirigentes do time, assumiu a bronca e herdou a equipe, colocando seu nome e conquistando vitórias.

- Agora é a BMW que anuncia a sua retirada da categoria. Em breve alguém acaba ficando com o espólio do que sobrou da montadora. Ratificando que todos mundo deve andar mais com suas próprias pernas a partir do ano que vem.

- A saída da BMW não significa um grande drama em termos esportivos visto que já temos Manor, Campos e USF1 e talvez uma das equipes não escolhidas por Max Mosley ainda seja eleita para correr no lugar da BMW. O problema é que na sequência quem deve anunciar a saída da Fórmula-1 são a Renault e a Toyota, esvaziando ainda mais o grid.

- Hoje a situação é a seguinte: 12 equipes, sendo que 2 são montadoras (Renault e Toyota) e 2 são sustentadas por montadoras (Ferrari e McLaren). As outras 2 são garantidas pela Red Bull e o restante (6) é garagista, incluindo as novas equipes da Fórmula-1 para a próxima temporada. Com o possível abandono de Toyota e Renault apenas 20% delas estarão dependendo da boa vontade de seus apoiadores, sendo que a FIAT jamais deixará a Ferrari na mão.

- São outros tempos que chegam para tomar conta da principal categoria do automobilismo mundial, mas que podem se tornar um pouco mais satisfatórios. O dinheiro das montadoras levou o desenvolvimento dos carros à um nível de excelência tão grande que as ultrapassagens sumiram e muito do espetáculo foi deixado de lado em nome do showbusiness, ou seja, pra que gosta de corrida de carros o "socialismo da Fórmula-1" pode ser interessante.