5/20/2009

Força de grande com agilidade de pequeno

O lançamento da Ford no Brasil foi a atração da última sexta feira...


- Na última semana atendi o convite da Ford do Brasil para conhecer suas instalações em São Bernardo do Campo e também para testar o novo lançamento da montadora, a Transit, específica para transporte de cargas e pessoas e que aparece como a grande concorrente da Sprinter. Que fiquem de olho aqueles que não se prendem às imposições de mercado.

- A chuva ininterrupta não foi capaz de atrapalhar o excelente dia, que começou com a visita à fábrica, um espetáculo. É difícil imaginar como tantas pessoas podem trabalhar juntas na mais perfeita sincronia para construir um caminhão e picapes (setor da fábrica que conhecemos). Mais que isso, além do profissionalismo, é bom ver um lugar onde se constroem veículos automotores primar tanto pela limpeza do local e inteligência no que diz respeito à disposição dos equipamentos.

- Após o almoço fomos até Santo André conhecer a atração do dia, a Ford Transit, que pode ser vista acima. Testamos o maior e mais completo dos modelos, que vinha equipado com direção hidráulica, freios ABS, HLA, controle de tração e afins.

- Foi inevitável não me lembrar de Nelson Piquet. Quando o tricampeão se referia à Mônaco ele dizia que pilotar um Fórmula-1 nas ruas de Monte Carlo era tão incômodo quanto andar de bicicleta no meio da sala. Pois nunca dirigi um carro tão grande assim e as ruas do local são estreitas e curvilíneas.

- Pois bem, desafio feito, desafio aceito, fui o primeiro dos presentes a assumir a direção, na companhia da amiga Barbara Franzin do "Velocidade.org", que assumiu o papel de navegadora.

- Logo de cara, apesar do receio, pude sentir a potência do motor, que trabalha sempre cheio, compensando a maioria dos erros de marcha que se possa cometer, em especial para um iniciante como eu em veículos desse porte. A potência é absurda, é o tipo de carro que logo ao primeiro já manda o aviso que não vai te deixar na mão em momento algum, sair de segunda é algo mais do que tranquilo.

- Na primeira possibilidade pudemos testar uma dos grandes atrativos do veículo, o HLA, sistema de assistência para saída em rampas. Em casos de inclinação de mais de 4% o dispositivo é acionado e com a marcha engatada e pé na embreagem ele se mantém parado por cerca de 4 segundos sem que você precise manter o pé no freio, quer facilidade maior para evitar aquela tradicional "descidinha para trás"? Acostumado a sair rapidamente engatei a primeira e não esperei o dispositivo agir com medo que o carro descesse e ouvi do "Seu Wilson", nosso anjo da guarda: "pode fazer de novo, espera um pouquinho que o carro não desce..." e não é que ele estava certo? Funciona...

- Passeando por Santo André ainda na manha me vi fazendo curvas na ponta dos dedos, morrendo de medo e mais uma vez "Seu Wilson" entrou em cena, me pedindo pra acelerar mais um pouquinho pois o carro é equipado controle de tração, ele equilibra sua freada mas também compensa o excesso de velocidade com o dispositivo agindo independentemente nas quatro rodas em conjunto também com o freio ABS. Vi como era bom ser piloto de Fórmula-1, mesmo em Mônaco, quando os carros dispunham do sistema. A sensação foi de estar dirigindo um pequeno carro em uma auto-estrada, e olha que eu dirigi um Ford KA por muito tempo, o rei das curvas. Ah não, dirigir a Transit é muito mais fácil que um Fórmula-1 em Mônaco, tenho certeza, esqueci Nelson Piquet.

- No fim das contas saí do encontro duplamente contente pois além de ter passado um dia em companhia de excelentes pessoas, desde os convidados aos anfitriões, percebi que posso dirigir uma VAN gigante como aquela sem maiores problemas. Eu que tanto test-drive já fiz, como é possível constatar até mesmo fazendo uma busca pelo histórico do Mundo Veloz, nunca tinha andado em veículos desse porte como motorista.

- Se você pensa em adquirir um desse para sua empresa e colocar na mão de um motorista não pense que ira adquirir tanta tecnologia para que outro utilize pois o grande beneficiado é você mesmo, que é quem investe na carga que a Transit pode tranportar (e não é pouco) e que é paga por nada mais nada menos que a sua própria empresa. Quanto menos gabaritado o motorista mais necessários os dispositivos se mostram, a economia você vai sentir lá na frente na redução com gastos de manutenção e desperdício de carga.

- Por fim quero agradecer à Ford do Brasil pelo convite para a esplêndida sexta feira que vivemos.

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