12/14/2007

O que teria acontecido em pista

Ouvi de quem estava na pista...

- Conversei por telefone ontem com Alexandre Cunha, piloto da Stock Car Light que, junto à André Bragantini Jr. estava próximo à Rafael Sperafico em Interlagos, quando ele escapou da pista. A intenção não foi levantar mais e mais questões sobre o que teria causado a morte do piloto, afinal, partilho da opinião que Alexandre também tem de que o acontecido deve servir como base de estudos para o futuro.

- Assim Alexandre descreve o acidente: "O Rafael vinha com o carro pela parte suja da pista, depois de uma corrida muito acidentada, então provavelmente o carro não estava em ótimas condições. Eu me mantive atrás do Bragantini e o que ele fizesse eu faria também. O Rafael tentou fazer a curva um pouco mais fechada mas o Bragantini já estava com o carro à frente e não teve espaço. Quando ele recolheu na parte suja não teve como controlar o carro. Foi o que eu ví, passei reto e só fiquei sabendo que o acidente foi um pouco mais sério quando parei o carro."

- A possibilidade do toque que foi colocada em pauta no último domingo não poderia ser citada por mim aqui no "Mundo Veloz" enquanto eu não desse a possibilidade de defesa à Alexandre, o que foi feito agora. Vale lembrar também que, mesmo que tivesse havido o toque, nada teria sido feito de forma intencional, isso não existe, principalmente entre praticantes de uma modalidade tão insegura. A conversa foi em cima de um lance NORMAL de corrida, apenas vale para que se mate a curiosidade alheia.

- Alexandre que, como não poderia ser diferente, está muito abalado me atendeu muito bem e a conversa rendeu cerca de 10 minutos esclarecedores. Ele pediu para não falar ao vivo pois as pessoas nesse momento tendem a desvirtuar algumas coisas que são ditas e a tentar encontrar culpados que não existem. Fez questão de ressaltar que se sente muito seguro dentro de um chassi da Stock Car bem como na pista. Ressaltou também que acredita que os pneus não estão bem colocados naquele ponto, preferia um muro.

- Alexandre ainda disse que os pilotos haviam acabado de descer do carro e, enquanto estavam conversando, Luis Carreira Jr, o Carreirinha, escutou dois fiscais de pista conversando entre si sobre o que teria acontecido com Rafael e saiu gritando "não, isso não, não pode ser...". Assim Alexandre e os demais pilotos ficaram sabendo da notícia pois não havia mais como segurar.

- Que ninguém procure mesmo um culpado. Como disse o próprio Cunha, pessoas estudadas vão agora encontrar uma solução para que isso não aconteça mais e, mesmo assim, a gente sabe que um dia, mesmo que se passe 100 anos alguém vai novamente perder a vida no automobilismo. As estruturas de segurança de hoje apenas serão consideradas ruins quando se passarem 20 anos, e mesmo assim, não serão infalíveis. Bem como nos anos 80 e 70 as pessoas consideravam as estruturas seguras.

- E ele está certíssimo...

Em tempo: Vi na Laje de Imprensa e resolvi adotar a idéia do selinho em homenagem à Rafael que foi criado por Zé Mario Dias que agora está na coluna direita do "Mundo Veloz".

1 comentários:

Anônimo disse...

RSRSRS esse papo "vai dar merda"!