6/05/2009

Mclaren e Petrobras próximas de acordo?

Ao que tudo indica sim...


- Segundo o colunista Lauro Jardim da sessão "Radar On Line" do site da Revista Veja, a Petrobras estaria próxima de um acordo com a McLaren e a Mercedez para ser assinado e executado já na próxima temporada. A minuta de contrato estaria nas mãos dos executivos da empresa brasileira neste momento para ser analisada.

- Isso recoloca a empresa na principal categoria do automobilismo e faz com que ela possa retomar o programa com a Fórmula-1, deixado de lado após fim do duradouro casamento com a Williams e posterior assinatura de contrato com a Honda que deixou a Fórmula-1 e também este contrato.

- Era muito mais fácil, teoricamente, que a Brawn GP - que se apoderou do espólio da equipe - desse continuidade ao acordo, mas por usar os mesmos motores Mercedes da McLarem o combustível também teve de ser mantido, algo normal devido às especificações técnicas de cada unidade e necessidade de adaptá-las ao combustível.

- Duas dúvidas porém pairam no ar. A primeira é saber se Force India e Brawn GP também seguiriam utilizando o combustível brasileiro para se adequarem às mesmas especificações da McLaren e se, caso o fizessem, seria por patrocínio ou fornecimento? A Petrobras nunca cedeu combustível para mais de um time ao mesmo tempo e teria de fazê-lo a três: McLaren, Brawn GP e Force India, que de quebra ainda nos proporcionaria acompanhar uma interessante união entre a principal empresa brasileira e a bandeira indiana no automobilismo.

- A segunda dúvida é sobre a extensão dessa parceria com a Mercedes-Benz. Entre Ferrari e Shell a parceria é forte e todo carro sai de fábrica com recomendações de utilização deste combustível. Mais que isso, as empresas vivem um clima de intensa cooperação técnica.

- A Petrobras sempre tentou também incluir um piloto brasileiro em um dos carros da Williams para aumentar o seu poder de marketing interno mas nunca obteve sucesso. O amazonense Antonio Pizzonia chegou a guiar o carro da equipe sempre substituindo algum piloto alemão, no caso Ralf Schumacher e Nick Heidfeld. Os germânicos eram imposições da outra parceira do time, a BMW, que cedia os motores.

- Teria agora a empresa algum poder para empurrar um brasileiro no time? Quando o acordo com a Honda estava assinado, Bruno Senna tinha a vaga praticamente assegurada e a empresa pretendia inclusive renomear sua gasolina "Pódium" para gasolina "Senninha Petrobras" em uma campanha de marketing que se auto-explica. Na McLaren as coisas são um pouco mais complicadas.

- E vale lembrar que a Mercedes não é só parceira da McLaren e sim dona de boa parte das ações da equipe.

6/04/2009

O conhoto

Não, ele não escreve com a mão esquerda, mas pode ser considerado como tal...


- Na Fórmula-1 dos 17 circuitos que atualmente compõem o calendário, 15 tem a maioria das curvas pro lado direito. Analisando a "força G" que os carros exercem sobre os pilotos não é difícil imaginar o quanto a musculatura do pescoço não é mais forte deste lado. Pois bem, aí chegam os Grandes Prêmios do Brasil, de Cingapura e da Turquia e os pilotos sofrem com a inversão da gravidade sobre sues pescoços.

- Pois bem. Hoje Massa brincou com relação a isso e disse que provavelmente ele seja melhor que os outros guiando para esse lado. Brincadeiras a parte é um dado que se deve prestar muita atenção.

Vejamos o que ele aprontou até aqui desde que chegou na Ferrari:

2006:

San Marino: Foi sua primeira experiência com um carro da Ferrari em um circuito anti-horário. Massa ultrapassou Barrichello na largada e terminou a corrida em quarto lugar sem ser muito combativo. Foi o quarto GP de Felipe com a nova equipe e o único onde ele não brigou pela vitória. A vitória ficou com Michael Schumacher;

Turquia: Fez a pole position e na corrida contou com uma bandeira amarela que colocou Fernando Alonso entre ele e Schumacher. Isso apenas impediu o jogo de equipe pois ele foi sempre o mais rápido durante todo o final de semana;

Brasil: Na decisão do título sobrou no sábado e conquistou a pole position de forma tranquila. No domingo ninguém foi capaz de ameaçá-lo e ele ficou com a vitória;

2007:

Turquia: Largando mais uma vez em primeiro Massa sobrou na prova e venceu tranquilamente de ponta a ponta. Apenas um piloto poderia talvez incomodá-lo, o que de qualquer forma seria muito improvável, que é o inglês Lewis Hamilton. Este porém teve um furo de pneu e ficou completamente fora da briga;

Brasil: Mais uma vez o sábado foi todo seu e apole foi confirmada. Na corrida o domínio mais uma vez apareceu e ninguém seria capaz sequer de fazer com que Massa mudasse seu ritmo por se sentir incomodado. Porém seu companheiro de equipe Kimi Raikkonen estava disputando o título e precisava da vitória para confirmá-lo. Massa abriu e o finlandês passou, mas a vitória era sua;

2008:

Turquia: Massa, confirmando a "ladainha" de sempre foi pole e venceu. Seu maior rival foi Hamilton que, com uma estratégia de 3 paradas, esteve sempre mais lais leve e rápido. Sua parada a mais no box porém foi decisiva para que o imbatível Massa o passasse mais uma vez, tanto que o brasileiro sequer batalhou por posição quando foi ultrapassado;

Cingapura: Como surgimento de mais um circuito de sentido anti-horário lá vai o rapaz conquistar mais uma vez uma pole position com uma boa dose de tranquilidade. No sábado a corrida seria sua, mas um erro da Ferrari fez com que o piloto saísse dos boxes com a mangueira pendurada em seu carro. O reparo do erro lhe custou a vitória, que ficou com Alonso;

Brasil: Na decisão do título mundial e na maior derrota de sua carreira é bom ressaltar que Felipe foi soberano como poucas vezes um piloto foi em um final de semana. No sábado, no domingo, ninguém sequer o incomodou mais uma vez e, mesmo perdendo o título mais uma vez, ele pôde comemorar pelo menos mais uma vitória no Grande Prêmio do Brasil.

- Como se pode ver, Massa apenas não ganharia o Grande Prêmio de San Marino de 2006, sua primeira experiência do tipo com um carro da Ferrari. Em todas as outras ele venceu ou perdeu a vitória por fatores externos. Ele falou de brincadeira, mas faz sentido ou não?

- A declaração de Felipe Massa saiu no site Grande Prêmio!!!

6/03/2009

Mais equipes

Orçamento baixo garante infinidade de times na "nova Fórmula-1"...


- Contrariando o meu próprio último e longímquo post, talvez venha a aparecer no próximo ano uma nova Fórmula-1. Uma Fórmula-1 com inúmeros interessados a ingressar na categoria. E não é de pilotos que estou falando, esses sempre estão interessados, estou falando de equipes.

- Antes havia uma caução de 48 milhões de dólares para que uma equipe interessada pudesse sequer pensar em conseguir um lugar, hoje a FIA resolveu ajudar esses times com o teto orçamentário que tanto causou polêmica, incluindo a ameaça da Ferrari.

- Agora que tudo parece bem, que todos chegaram a um acordo, inscrições começaram a brotar de todos os lugares do planeta. Além das 10 equipes que participam do mundial (todas inscritas), três eqiupes serão escolhidas entre Campos Meta 1, USGPE, Prodrive (que havia vencido a última concorrência da categoria mas não utilizou a vaga), Lola (de muita história no automobilismo e decidida a voltar à Fórmula-1), Litespeed, March (quem não se lembra dos carros azuis de Capelli e Gugelmin?), Team Superfund (nas mãos do ex-piloto Alexander Wurz) e agora a Brabham.

- E chega o momento de pensar quem serão os escolhidos, que terá decisão anunciada em junho. Algumas dessas organizações prometem apresentar bons projetos, como é o caso de Brabham. Não se engane, é uma empresa que detém o nome do time e também o espólio da falida Super Aguri, que até outro dia era a subsidiária da Honda na Fórmula-1.

- A Epsilon Euskadi que, caso entre mesmo, espero ver uma mudança do nome, é uma equipe que escondeu até onde pôde que havia feito inscrição. Seu proprietário, o espanhol Joan Villaldeprat afirma que não admitia a inscrição pois queria viabilizar a questão financeira que, segundo ele, será segura pelos próximos quatro anos.

- Isso apenas para citar duas equipes, vem mais por aí, todas elas provavelmente empurradas por um bom motor Cosworth que a categoria deve viabilizar para os novos times. E mais que isso, com a entrada de três novos times teremos 6 cadeiras a mais para serem preenchidas.

- Vamos pensar na entrada quase sempre garantida de pilotos campeões da GP-2, outros pilotos pagantes e algumas figurinhas carimbadas. Eu apostaria que na próxima temporada veremos nomes como Bruno Senna, Vitantonio Liuzzi, Giorgio Pantano e até a permanência de Nelsinho Piquet caso este perca a vaga na Renault, o que é praticamente certo.

- Devemos voltar a acompanhar algumas cenas comuns nos anos 80, quando havia um rodízio muito grande de pilotos em algumas equipes, especialmente entre aqueles que terão a incumbência de levar patrocínio para conquistar uma cadeira, fora outros "causos" que passarão a ser comuns nos autódromos do mundo inteiro.

- O ambiente será mais de corrida e menos de negócio, é quase certo que isso aconteça. A Fórmula-1 e seus integrantes talvez diminuam um pouco da empáfia tão comum nos últimos anos. Novas e criativas ações de marketing devem aparecer e mais emoção nos treinos classificatórios também serão normais, em especial com os pilotos que devem ficar de fora do grid. Aliás, espero que não haja grid protegido, se o carro do campeão mundial quebrar na classificação e este não der uma volta sequer que fique de fora.

- Enfim... as próximas semanas devem dizer um pouco mais o que deve acontecer com nossa querida Fórmula-1. É cedo e prematuro afirmar até mesmo que as mudanças devem vir para o bem ou para o mal da categoria, mas uma coisa é certa... vem aí sim uma nova Fórmula-1.