- O Grande Prêmio da Malásia acabou sendo um tiro na água para as pretensões de Felipe Massa nesse início de campeonato. Claro, o principal objetivo é a conquista do título no final do ano, afinal de contas ele está sentado em uma Ferrari sem ter no carro ao lado o alemão Michael Schumacher.
- Porém, uma conquista como essa depende de passos curtos, e os primeiros passos envolvem a conquista do primeiro posto da Ferrari e também a conquista da confiança da torcida formada por italianos e brasileiros e claro, com não poderia deixar de ser, a imprensa.
- A pole veio bem a calhar, era o que ele precisava depois do problema no Grande Prêmio da Austrália (note que aqui vale o prêmio de reconquistar a torcida brasileira, duvidosa depois de anos da era Barrichello). Na largada o primeiro erro fez com que ele perdesse uma posição. Não, eu não estou me confundindo, perder a primeira posição para Fernando Alonso foi normal, afinal o espanhol tracionou melhor, mas a ansiedade de reconquistar a liderança fez com que ele perdesse a posição também para Hamilton, que mais uma vez largou muito bem.
- Felipe Massa se via então diante de uma situação complicada, de pole position ele havia caído para terceiro e via Alonso se distanciar na liderança como sendo o piloto mais rápido na pista naquele início de prova. Decidiu ele então pra que precisaria ganhar a posição do inglês e assim pelo menos escoltar Fernando Alonso para que ganhasse a posição no pit stop, como já fazia seu ex-companheiro de equipe com maestria. E aqui nossa história se divide em dois caminhos.
- O primeiro todo mundo já conhece, logo nas primeiras voltas Felipe Massa proporcionou junto ao inglês um espetáculo que foi até bonito de se ver, porém, cometeu dois erros na mesma curva. No primeiro não conseguiu a ultrapassagem e quase perder a posição para Raikkonen, no segundo se aproveitando de uma leve fritada de pneu do inglês até conseguiu colocar o carro fisicamente à frente da McLaren, mas tomou o famoso “x” e acabou perdendo posição para Raikkonen e Heidfeld, não mais recuperando-se na prova.
- No segundo caminho Felipe Massa proporcionou o mesmo espetáculo junto ao inglês muito bonito de se ver e na sexta volta colocou o carro fisicamente à frente de Hamilton e ainda assim conseguiu acertar o tempo da freada conquistando a segunda posição. Nas voltas seguintes Massa encostaria em Alonso e lá pra vigésima volta, depois que os dois tivessem feito suas paradas ele voltaria na primeira posição e terminaria a corrida com cerca de 18 segundos na frente. Claro, como não poderia deixar de ser tanto no Brasil quanto na Itália as manchetes teriam temas parecidos, algo do tipo: “Ultrapassagem espetacular dá vitória à Felipe Massa na Malásia”. Galvão Bueno diria: “Primeiro aquela ultrapassagem linda sobre Lewis Hamilton, depois teve cabeça para ganhar a posição de Alonso nos boxes, sem arriscar o que tinha conquistado”. E na Itália? Quem teria coragem de dizer que um piloto que faz isso não merece ser o primeiro piloto da equipe?
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